domingo, 20 de novembro de 2011

As "leis" da máfia

Joe Bonanno, Al Capone, Giuseppe Dell'Aquila, Salvatore Giuliano, Yaponchik, Johnny Torrio – todos são personagens, da vida real, das máfias italiana, russa e americana. O poderoso chefão e seu Don Vito Corleone, Família Soprano e seu Tony Soprano, Os bons companheiros e seu Henry Hill – agora, personagens da máfia na ficção.

Todos os exemplos citados, seja na ficção ou vida real, tratam-se de chefões da máfia que, em determinado momento da história, tiveram seus dias de glória à frente de um grupo de mafiosos. A Comissão sobre Crime Organizado americana publicou, em 2009, um relatório no qual constatava que a renda bruta anual vinda de fraudes passaria, naquele ano, de 50 bilhões de dólares, fazendo com que fosse maior do que a da produção do aço, ferro, cobre e alumínio juntos nos EUA. Além disso, apontava que havia uma estrutura organizada por trás dos grupos, em escala de pirâmide: chefão (executivo principal), subchefes e consigliere (conselho geral), capos (vice-presidentes) e soldados (de nível menor que executavam as ordens). Também usavam o serviço de consultores externos: advogados, especialistas em relações trabalhistas e conselheiros políticos.

Longe de querer exaltar a forma de atividade que conduziam, e os métodos ilegais e nada humanos que os levavam ao sucesso, queremos propor a você uma reflexão: que possíveis semelhanças pode haver entre dirigir um empreendimento mafioso e operar uma empresa legítima? Pode existir algo útil na postura de um mafioso que beneficie um local de trabalho honesto?

Sim, porque não era apenas a violência, uma arma em punho e as operações criminosas que fizeram, e fazem, os mafiosos de sucesso ficar de pé por tanto tempo. E, nesse clima de ambiente de justiça e criminalidade, como um profissional do FBI, investigamos o que de útil – menos a parte ilegal, é claro – pode ser retirado da atuação dos mafiosos para você gerenciar a sua empresa e negócios. Assim, contamos com o que relata Michael Franzese no livro O estilo mafioso de gerenciar. O autor é nada mais do que um dos raros ex-chefões da máfia que a deixou e sobreviveu para compartilhar os segredos de sucesso da maior e mais antiga organização criminosa do mundo. Acompanhe alguns!

Crie um plano – Franzese é enfático: “Pergunte a um mafioso qual é o seu plano de negócio e peça que descreva como pretende fazer isso. Com um sorriso de canto, coçando o queixo como se estivesse indignado com a pergunta, a resposta será: ‘Ganhar dinheiro, é claro. E tirando o seu’”. Alguma diferença entre vender produtos e serviços e tirar o dinheiro do bolso de seus clientes e tranferi-lo para o seu? O mesmo objetivo final, apenas um plano diferente. Um plano ajuda a manter o controle sobre a direção para onde quer levar sua empresa, qual é o objetivo e como planeja chegar lá. E, se for simples como “tirar o dinheiro do bolso do cliente e transferi-lo para o meu”, o trajeto para o sucesso é mais certeiro.

Não morra de pijamas – O autor relata que, em determinada manhã, estava reunido com seu chefe e seu capo, ouvindo atentamente a conversa dos dois a respeito de um “soldado” que havia sido assassinado ao sair porta afora de casa para pegar algo no carro. O comentário do chefe foi: “Que droga ele estava fazendo de pijamas?! Ele foi morto às 11 horas da manhã!”. Entenda a mensagem, se você tem um plano bem definido de onde quer chegar, é preciso acordar cedo e trabalhar duro. Franzese explica: “Entre 15 e 18 horas de trabalho era a minha rotina. Para aqueles que pensam que é possível conseguir sucesso sem dedicar tempo, é melhor comprar um bom lote de pijamas de seda. É o máximo de riqueza que vão conseguir”.

Você precisa ter uma equipe – “Deite-se com cães e ficará cheio de pulgas”. “Você é bom dependendo das pessoas que estão ao seu redor”. Esses ditos são verdades que Franzese nos apresenta como chave-mestra para montar uma equipe correta a fim de apoiar seus esforços.

Ele exemplifica que a equipe de um líder faz com ele pareça muito mais inteligente do que realmente é – ou o contrário, que é um completo idiota. Ao montar uma equipe, ele diz que não podem ser esquecidos estes fatores:
  • Honestidade: parece hipócrita falar em honestidade dentro da máfia. Mas veja o que Franzese relata. “Uma parte de minha operação se deu com os ‘negócios’ de gasolina, aos quais fui apresentado por Lawrence Lorizzo. Ele era extremamente capaz e confiável. Ganhamos milhões de dólares juntos. Mas era ‘honesto’. Descobri, mais tarde, que ele mantinha um arquivo secreto de todas as minhas transações ilegais durante os oito anos em que trabalhamos juntos. E como eu era um prêmio para os federais, ao ser pego, junto de todos os meus comparsas, ele usaria o arquivo como moeda de troca em prol da sua liberdade. E foi o que fez. Se eu estivesse operando de forma legal, aquele arquivo estaria vazio. Alguém está mantendo um arquivo mental das suas atividades empresariais? A honestidade é importante nos negócios, até entre ladrões”.
  • Capacidade: Franzese conta que, nos anos 70, comprou uma concessionária na qual trabalhou duro durante anos. Mas, com o tempo, os seus “negócios” na máfia passaram a tomar parte substancial de seu tempo, fazendo com que ele não conseguisse mais lidar de forma eficiente com a administração. Logo, era a hora de entrar um substituto em cena, David Edreich. Ele não só expandiu a empresa como fez com que eles ganhassem uma viagem de dez dias para o Oriente, por terem ficado em primeiro lugar em vendas entre as concessionárias da Mazda. Então, o recado do ex-chefão é: “Ao cercar-se de pessoas capazes, você ganha dinheiro; também fica parecendo esperto. Faça o que sabe e delegue o resto”.
  • Confiança: aqui, trata-se de cercar de pessoas nas quais você pode confiar em todas as situações. Franzese teve, entre os membros de sua “equipe”, alguém extremamente confiável, Frankie. Quando Rudolph Giuliani o acusou, em 1984, juntamente a vários membros do grupo, Frankie não estava na lista. No dia seguinte, após Franzese pagar a fiança e sair da prisão, Frankie, muito perturbado, perguntou-lhe: “Chefe, por que não fui preso com o restante dos rapazes?”. Ele estava chateado porque não havia sido preso. Sentiu-se deixado de fora (segundo o ex-chefão, mafiosos são assim, querem ir até o fim dando apoio ao grupo). Quer melhor exemplo de confiança que esse?

Até pouco tempo atrás, Franzese era um dos mafiosos que mais ganhou dinheiro desde Al Capone e o indivíduo mais jovem na pesquisa da Fortune entre os “cinquenta maiores chefões da máfia”. Depois de uma série de processos por chantagem e negócios ilegais, ele decidiu reconhecer-se culpado, aceitou uma sentença de dez anos e deixou a máfia. Agora, ele usa as experiências de sua antiga vida em benefício de profissionais, empresas, atletas e executivos, sendo um palestrante bastante considerado e uma inestimável fonte de informações. Seu livro, O estilo mafioso de gerenciar, além dos que mostramos, traz inúmeros ensinamentos que serão extremamente úteis a você, líder. Não deixe de ler!

Para saber mais:
Livro: O estilo mafioso de gerenciar: as dicas de um ex-chefão da máfia para ajudar a sua empresa a fazer sucesso (dentro da lei)
Autor: Michael Franzese
Editora: Thomas Nelson Brasil

retirado:www.lideraonline.com.br

Aprendendo com a máfia

O portal da Revista Exame publicou oito dicas empresariais, no mínimo, curiosas. Afinal, são inspiradas na máfia. A publicação destaca que são  lições de organização e gestão que podem contribuir para o sucesso de qualquer empresa, sem ferir nenhum princípio. A dicas foram inspiradas no livro do ex-mafioso (será que existe?) Louis Ferrante: “Mob Rules: What the Mafia can teach the legitimate businessman”.

A  Máfia surgiu na Itália, durante a Idade Média. Sua origem estaria ligada a pequenos arrendatários de terras que contestavam a propriedade dos senhores feudais. Com o tempo, a organização passou a se envolver com todo e qualquer tipo de atividades criminosas como prostituição, jogo, drogas, venda de armas e de segurança, etc.

Bem, vamos às dicas:

1. Guarde sua arma e ajude a velhinha a atravessar a rua

Para Ferrante, um dos pilares da Máfia é o respeito aos valores da família e da organização, isto é, dos próprios mafiosos. Em seu livro, ele escreve que:

“Na máfia, os homens que abraçam os valores da organização são os que se tornarão os grandes vencedores. Toda companhia deveria ter um conjunto de valores, e cada empregado deveria compartilhá-los.”

2. Por que só há velhos na Máfia? Porque eles amam o que fazem

Outra cena clássica dos filmes da Máfia: sujeitos quarentões, cinquentões e até sessentões cuidando das tarefas passadas pelo chefão. Enquanto isso, os veteranos aproveitam para ensinar o trabalho para os novatos – jovens ambiciosos que, geralmente, metem os pés pelas mãos.

O dia-a-dia é pesado, violento, sem horários fixos e sujeito aos caprichos do capo. Como, afinal, alguém aguenta isso? Para Ferrante, o fato é que a grande maioria dos mafiosos ama o que faz . “Poucas pessoas são afortunadas o bastante para conectar aquilo que amam com o que fazem. Não se acomode, e você será uma delas”, ensina.

3. Mafiosos não tomam notas – exercite sua memória

Por motivos óbvios, mafioso que é mafioso não acumula provas contra si mesmo. Basta lembrar de Al Capone, chefe da Máfia de Chicago, preso por sonegação fiscal depois que a polícia encontrou seu guarda-livros.

Por outros motivos, um homem de negócios também pode, e deve, exercitar sua memória. Segundo Ferrante, quem não precisa de notas é mais poderoso do que os outros. Manter o cérebro em dia é um degrau para o sucesso e um favor a si mesmo.

4. Três pessoas com um segredo? Só se duas morrerem

Outro pilar fundamental da Máfia é a confiança, ensina Ferrante. O ex-membro da Gambino lembra que pilhas de chefões mataram uma pilha ainda maior de linguarudos apenas para manter as coisas onde deveriam estar: em segredo.

No mundo corporativo, a confiança também é uma moeda poderosíssima para subir na carreira. Basta lembrar de quanta dor de cabeça é causada por transações que vazam para os concorrentes na hora errada. “Se você realmente é uma pessoa confiável, saiba que você é uma grande commodity. Mas não ofereça sua lealdade a qualquer um. A pessoa ou companhia errada vai usar e abusar de você”, diz o ex-mafioso.

5. Transforme o lixo em ouro

Treine sua equipe e a si próprio para enxergar as oportunidades onde ninguém mais vê. Segundo Ferrante, muitos dos grandes negócios da Máfia vieram de chefões que fizeram o básico: tiveram paciência ou tino para prospectar negócios onde todos torciam o nariz.

6. Respeite a cadeia de comando

Da Igreja ao Exército, da Máfia às empresas, respeitar a hierarquia é fundamental para que as coisas saiam conforme o planejado. Uma ordem rígida pode soar anacrônica para as companhias, especialmente nos tempos em que gigantes da tecnologia, como o Google e o Facebook, lembram mais campi universitários.

Mas, para Ferrante, esta é a garantia de que os negócios não sairão dos trilhos. “Respeite a hierarquia, quando estiver por baixo. Fortaleça-a, quando estiver no topo. A alternativa é a anarquia.”

7. Seja persuasivo, mesmo quando não estiver armado

Há melhores argumentos para motivar pessoas do que uma pura e simples exibição de força. E o mundo corporativo está cheio de executivos que jogam com o peso de seus cargos para intimidar alguém.

Ferrante pode não ser um gênio da administração, mas aprendeu o básico: o melhor é motivar equipes e fazer aliados. “Por meio de uma forte liderança e motivação adequada, você pode galvanizar uma dúzia ou mais de pessoas e melhorar sua própria ambição, transformando-a numa locomotiva capaz de escalar qualquer montanha.”

8. Mantenha as portas do seu clube abertas

Todo mafioso que se preze tem um clube barra-pesada onde recebe amigos, trata de negócios e resolve problemas com adversários. Uma das cenas clássicas de filmes de gângsters é o criminoso que se aproxima respeitavelmente do chefe para sussurar-lhe algo, enquanto o capo joga pôquer.

Esta é a política de portas abertas da Máfia. “Ela lhe dá uma visão ampla da organização. Cada pum será ouvido por você, e esta é a melhor forma de manter seus funcionários à mão todo tempo.”



Os 7 ensinamentos da família Corleone para sobreviver no mundo dos negócios

 

1º- Nunca deixe os outros saberem o que você está pensando.

2º Você deve manter seus amigos próximos e os inimigos mais próximos ainda.

3º Não odeie seus inimigos, isso afeta seu raciocínio.

4º Um homem que não se dedica a família não é um homem de verdade.

5º Amigos e negócios: Água e azeite.

6º Não existe algo certo nessa vida. Se a história nos ensinou algo é que qualquer pessoa pode ser morta (destruída).

7º Os homens mais ricos são aqueles que possuem amigos mais poderosos.

Nadando com tubarões - primeiros mandamentos para ser um Don digno de respeito


Você tem a opção de nadar com os tubarões ou dormir com os peixes. Você não consegue fazer as duas coisas!" Ditado Siciliano = LIDERE, SIGA, ou SAIA DO CAMINHO!

Querida(o) Amiga(o),

"Somos todos filhos de Marlon Brando", disse certa vez Jack Nicholson. E ele estava certo. Nada supera o Poderoso Chefão, nada supera Marlon Brando e a sua expressão facial e entonação de voz na pele de Vito Corleone, chefe de uma das mais poderosas famílias da máfia americana.

O Poderoso Chefão é o MELHOR FILME da história do cinema. E o mais influente.

Você aprende mais sobre cinema assistindo vinte vezes aos filmes da trilogia do Poderoso Chefão do que sendo aluno de qualquer curso de cinema que exista por aí. O filme é um prato cheio para os aprendizes de cineastas, e igualmente fantástico para aqueles que querem vencer no mundo dos negócios.

O Poderoso Chefão não é um filme sobre a máfia. A propósito, a palavra "máfia" sequer é mencionada durante as quase nove horas de duração da trilogia. O Poderoso Chefão é um filme sobre um garoto pobre que chega à América, trabalha duro, começa o seu próprio negócio, cria seu próprio código de ética e moral para enfrentar o preconceito contra imigrantes, prospera criando uma marca própria baseada em marketing de relacionamento 1-a-1, passa o conglomerado de empresas para os filhos, se vê frente a frente, diversas vezes, com o desafio de lidar com a concorrência (que literalmente mata o adversário), lidar com a chegada de uma nova tecnologia (a cocaína) que está prestes a obsoletar os velhos negócios (prostituição e jogos), e pior de tudo, lidar com a truculência dos executivos mais jovens que ansiosos por ganhar dinheiro rapidamente, desrespeitam os valores originais cunhados pelas famílias sicilianas.

O filme se passa no Sicili-con Valley em Nova Iorque, o Vale dos Sicilianos. Por favor, não confunda com o Silicon Valley da Califórnia. Ou melhor, confunda. No final do dia é tudo a mesma coisa. Trabalho duro, concorrência predatória, funcionários fiéis a quem paga mais, falta de legislação, governo de fora porque não entende o que acontece, governo de dentro porque depende dos negócios dos caras, necessidade constante de inovação e eterno conflito entre os visionários e os milionários.

O Poderoso Chefão é apenas um filme, e um filme não consegue mudar o mundo, mas as pessoas que assistem conseguem. Portanto, preste atenção aos ensinamentos de Don Corleone, e torne-se um MBA em nadar com os tubarões.

1. Você não pode fugir do seu destino (ou pode?). Longe dos conflitos da Sicília, Vito Corleone tenta levar uma vida pacata em Nova Iorque. Arruma um emprego honesto de faxineiro de uma mercearia, vira pai de quatro filhos, dedica-se inteiramente a esposa, come macarronada aos domingos e assiste pacificamente as paradas religiosas que celebram os santos italianos. Mas um dia, o destino faz o verdadeiro Corleone despertar. Vendo o seu negócio honesto ser pressionado por um mafioso local, não pensa duas vezes, resolve eliminar a concorrência. Siciliano que é siciliano não tem problema algum em enfrentar os tubarões, não importa o tamanho.

Entretanto, ele nunca consegue sair do bairro italiano. Os sicilianos, vítimas dos mais diversos preconceitos, se fecham em suas próprias comunidades. O bairro cresce. O número de imigrantes (entenda-se VOTOS) chegam a América em número cada vez maior. Dono do pedaço, Corleone passa a influenciar milhares de votos, e com isso passa a controlar dezenas de políticos, que passam a trocar favores com os negócios dos Corleones.

Onde está a lição nessa história? Assuma quem você é, faça negócios com aqueles que se parecem com você, fortaleça a sua própria comunidade. Através da força da sua comunidade você conseguirá alcançar novos territórios.

Dando uma de Jordão Nostradamus, eu acredito que “Em cinco anos, 2013, NINGUÉM vai conseguir vender NADA fora das suas comunidades! TODOS OS NEGÓCIOS serão feitos por INDICAÇÃO! TODOS!” Ricardo Jordão Magalhães.

Nós estamos voltando para os tempos dos clãs, hordas, feudos, aldeias, tribos e comunidades; chame como quiser, mas NINGUÉM vai fazer negócios com aqueles que não forem indicados por alguém que pertence a uma comunidade. Confiança será uma moeda que não se troca. Seja parte atuante de alguma comunidade, ou você vai ficar de fora do mundo dos negócios.

2. "Todos os navios devem navegar na mesma direção", disse Don Lucchesi para Michael Corleone no Poderoso Chefão 3. Marketing é sobre todos os envolvidos com a empresa falarem a mesma mensagem clara e simples em todos os momentos para toda a comunidade. Foi durante os anos de vida pacata que Vito Corleone selou o Código de Ética que viria a protegê-lo contra os preconceitos e falta de apoio do mundo externo. "Ela é bonita, mas para você. Eu só tenho olhos para a minha esposa e filhos", "Um italiano não deve abusar de outros italianos", "Nunca se esqueça de retornar um favor" e "Eu vou fazer uma oferta que ele não conseguirá recusar" formam os pilares da filosofia de Don Corleone.

Vivendo exatamente o que fala para todos, Vito Corleone consegue ao longo da sua história consolidar a imagem de parceiro que retorna favores, cidadão fiel a família e aos amigos, e principalmente, um homem de negócios íntegro, que está sempre pronto para VENDER.

Apesar da problemática que o acompanha, Corleone mantêm-se fiel as suas crenças. Os seus liderados sabem sempre o que se pode esperar dele. As suas decisões chegam até a ser previsíveis, não existe insegurança para os funcionários, não existem coisas do tipo, "O que será que o chefe está pensando hoje?", com isso, todos sabem para onde navegar.

No segundo filme da série, Vito Corleone convence Don Fanucci - mafioso pé de chinelo que extorquia os italianos do bairro - a aceitar 100 dólares ao invés dos 600 inicialmente exigidos. Corleone atinge o objetivo porque é firme com os argumentos cuidadosamente escolhidos depois de todo um trabalho de inteligência de marketing que sempre utiliza antes de iniciar as negociações para propor as suas ofertas irrecusáveis.

3. Mantenha a Inteligência de Marketing ao seu lado. Corleone está sempre preparado, atualizado e municiado de todas as informações importantes e relevantes que precisa antes de se encontrar com os seus adversários. Enquanto os seus concorrentes se cercam de guarda-costas truculentos, o que se vê ao lado de Vito Corleone é o seu "consigliere", conselheiro, Tom Hagen. Don Corleone, antes de tomar qualquer decisão, sempre consulta a sua inteligência de marketing.

Lição? Preparar-se como nunca antes de qualquer reunião. Nunca vá para uma reunião com uma folha em branco. Nunca vá para uma reunião desatualizado dos números, fatos, notícias, preocupações, desafios, informações sobre a personalidade da pessoa que você vai se encontrar. Aproxime a Inteligência de Marketing da sua posição.

Michael Corleone, o herdeiro, dez vezes mais paranóico que o pai, afasta o "consigliere" da posição que ocupava há décadas e substitui por um assassino implacável. Começa a ruína da família, e uma série de fracassos pessoais que terminam na destruição da família de Michael.

4. Não faça negócios com aqueles que só querem o seu dinheiro. Faça negócios com aqueles que têm os meus valores que você. Em uma cena divisora de águas, Corleone diz NÃO para uma proposta de negócios tentadora oferecida pelo turco Sollozzo porque ele não é compatível com os seus valores. Corleone pergunta "Por que eu mereço tanta generosidade?", Sollozzo responde "Porque você tem 1 milhão de dólares". Ao invés de ouvir uma resposta fria como essa, Corleone gostaria de ter ouvido algo como "Porque eu quero ser amigo do Don Corleone, porque eu acredito nos valores da sua família".

Todos os dias você perde alguma oportunidade de consolidar relacionamentos.

Uma pesquisa recente realizada pela Wharton University sobre o trabalho de um vendedor, mostra que 90% dos clientes atendidos por um vendedor NÃO SABEM o nome do vendedor que afirma categoricamente que conhece esses clientes.

Na pressa de cuidar da sua própria vida, tratamos os nossos clientes como profissionais, servindo-os apenas quando eles nos chamam, ao invés de chamá-los quando nem imaginam.

O mundo dos negócios é sobre comunidades, clãs e relacionamentos. É por isso que os restaurantes, campos de golf, resorts e bares estão cheios homens de negócios fechando negócios durante a hora do almoço ou jantar. Ninguém gosta de fazer negócios com pessoas que oferecem apenas os melhores preços. Mesmo quando isso acontece, ambas as partes continuam a procura de um parceiro em que possam confiar, e quando encontram, substituem imediatamente o parceiro que pensa apenas em dinheiro.

5. Tudo é pessoal nada é negócios. Em diferentes momentos do filme, os Corleones tentam justificar as suas ações afirmando que "Não é nada pessoal, é apenas negócios". Mas a grande verdade é que as decisões de negócios são sempre pessoais.

Até os bancos dão crédito para clientes baseados na ficha pessoal e não apenas em critérios técnicos relacionados solamente a dinheiro.

Portanto, na próxima vez que houver um corte de cabeças na sua empresa, o problema não é falta de demanda do mercado, ou qualquer fator externo maluco, o problema é a falta de competência do Zezinho X, Y e Z de colocar em prática uma estratégia que funcione.

6. "Durante toda a minha vida eu tentei subir na sociedade. Mas quanto mais eu subo, mas podre a sociedade fica. Onde termina esse inferno?", Michael Corleone no Poderoso Chefão 3. Durante toda a trilogia, as cenas de assassinatos sempre acontecem em meio a algum evento religioso. Michael elimina todos os seus concorrentes durante o batismo do sobrinho. Vito mata Don Fanucci durante uma festa religiosa. Fredo, irmão de Michael Corleone, morre enquanto reza a Ave Maria, Michael ganha a medalha do Papa enquanto pensa em todas as mortes que cometeu, o culto religioso está sempre implícito em todas as cenas em que a Máfia está em ação.

Por quê?

Porque o verdadeiro Poderoso Chefão da máfia não é o Vito Corleone, mas todos aqueles que transformaram as religiões do mundo em um business manipulador de multidões. O terceiro filme da série é uma denúncia ferrenha contra as mutretas realizadas pelo Banco do Vaticano nos anos setenta, e sobre o possível assassinato do Papa João Paulo 1o, que teve um dos papados mais curtos da história, 1 mês. A versão oficial do Vaticano diz que o papa morreu de ataque cardíaco ou algo do tipo, mas até hoje muitos têm certeza que João Paulo 1o foi assassinado porque descobriu os furtos cometidos por Roberto Calvi, conhecido como Banqueiro de Deus, chefe do Banco do Vaticano, e que depois foi assassinado pela Máfia Italiana. João Paulo 1o era o papa das reformas, e pretendia reformas as velhas crenças da igreja e acabar com a corrupção e envolvimento da igreja com os famosos da Europa. Ele não conseguiu cumprir a sua missão, e muito menos o seu sucessor, João Paulo 2o, sempre preocupado com questões cosméticas como aborto e homosexualismo.

No final do dia, os Corleones são apenas mais uma família, como a sua ou a minha, tentando ganhar a vida em uma mundo onde as cartas maiores estão marcadas.

É possível destruir as verdadeiras máfias do mundo??? SIM!!!! Basta mobilizar as nossas pequenas e revolucionárias comunidades locais em torno de uma cartilha ética e moral que poderia começar por "Ela é bonita, mas para você. Eu só tenho olhos para a minha esposa e filhos", "Um brasileiro não deve abusar de outros brasileiros", "Nunca se esqueça de retornar um favor" e "Eu vou fazer uma oferta que você não conseguirá recusar".

Capiche?!

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!